quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

ser(ce)doce

e sem cerimônia alguma, eu diria:
toma que é teu!
toma que é teu, eu repito.
e repito sucessivamente
é teu é teu é teu é teu..
e o que dizes disso?
não dizes.
isso é duro
muito duro.

fazes o que quiseres.

É cedo
É doce

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

há caso

E se por acaso tudo mudasse?
Tudo passasse, tudo fosse, e tudo, de fato, no passado ficasse..
Quem sabe assim sumiria, desaparecia, e finalmente: não seria!


E se por acaso eu acreditasse em acaso, até podia.
Mas é tudo tão definitivo.

domingo, 13 de dezembro de 2009

andosendo

Andei pensando coisas.
"O que é raro", dirão os irônicos.
Ou "o que foi?" - perguntariam os complacentes.
Para estes últimos, quem sabe, escrevo.
E repito: andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada.
O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor é igual à perda da morte. Só que dói mais.
Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro(a)- mas a morte é inevitável, portanto normal.
Quando você perde alguém que você ama, e esse amor - essa pessoa - continua vivo(a), há então uma morte anormal.

caio

quando meus pensamentos não se traduzem para a linguagem
ele os traduz.