quarta-feira, 25 de julho de 2012

per(dor)ar

eu decidi que era melhor assim

desculpe-me a frieza, a ausência, a distância forçada.
desculpe-me as poucas palavras, as mensagens não respondidas
e os nãos querendo dizer sim.

te peço perdão pelo sentimento pela metade
pela proteção
pela dor evitada
pelo medo da tentação

e te peço por último...
que te vás

e que não voltes pra eu nao ter que te pedir mais uma vez.

fica o silêncio!

Amélia
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quando decidiste "sentir pela metade" esqueceste que eu podia sentir um inteiro todo!

os nãos querendo dizer sim que disseste não são mais dolorosos do que os nãos que fizeste de conta que eu disse


eu sempre disse sim, Amélia
e o que mais me dói..é que nunca soubeste

nunca quiseste saber.

e enquanto evitas tuas dores, joga-as para mim..sem piedade!

depois de tantos sins não ouvidos e de tantos nãos inventados por ti

eu te digo que o não, dessa vez, é real.

não há perdão para dor


cá fico eu..cheio de sins e com o meu primeiro e último: não!

Francisco

segunda-feira, 23 de julho de 2012

framboesa




e depois veio o outro

o outro amor..quero dizer

ou quase-amor

era isso: ela quase amava


sentimento não se sente devagarzinho...

quando é devagarzinho é pensamento

e pensamento é a cabeça falando!

e era devagar...mas invadia!



tinham destido de tocar
ela não..

os dedos!


mas ela era uma fruta..

e fruta toca com o corpo todo
com a carne toda
a folhinha verdinha que fica em cima..toca!

e fruta não corta!

dói demais cortar..

ela era tão doce
mesmo quando se confundia no amargo do outro.


talvez apodreça

mas eu prefiro acreditar que depois vai vir o outro!

dessa vez doce, decerto!

sábado, 14 de julho de 2012

e todos aqueles discursos quase ou totalmente poéticos sobre o uso da palavras...

tem seu fracasso comprovado!


é..o fracasso do discurso

do uso

delas