Que bom que você escapou. Nunca saberá como é duro despedir-se de si mesma todas as noites, antes de dormir, temendo falecer sozinha durante o sono. Mas não virei uma anciã trágica, no fundo sei que vou acordar amanhã, nem que seja para escrever longas cartas para você, que me acompanha mais com sua ausência serena do que aqueles que me escutam mais ou menos, sempre de olho no relógio.
Até breve.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
domingo, 13 de julho de 2008
comoseinteressasse
Não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais auto destrutiva do que insistir sem fé nenhuma? Ah, passa devagar a tua mão na minha cabeça, toca meu coração com teus dedos frios, eu tive tanto amor um dia.
terça-feira, 8 de julho de 2008
segunda-feira, 7 de julho de 2008
cápsula.
O prazer nascendo dói tanto no peito que se
prefere sentir a habituada dor ao insólito prazer.
A alegria verdadeira não tem explicação possível,
não tem a possibilidade de ser compreendida -
e se parece com o início de uma perdição irrecuperável.
Esse fundir-se total é insuportavelmente bom -
como se a morte fosse o nosso bem maior e final,
só que não é a morte, é a vida incomensurável que
chega a se parecer com a grandeza da morte.
Deve-se deixar inundar pela alegria aos poucos -
pois é a vida nascendo.
E quem não tiver força,
que antes cubra cada nervo com uma película protetora,
com uma película de morte para poder tolerar a vida.
Essa película pode consistir em qualquer ato
formal protetor, em qualquer silêncio ou em
várias palavras sem sentido.
Pois o prazer não é de se brincar com ele.
Ele é nós.
cápsula.
prefere sentir a habituada dor ao insólito prazer.
A alegria verdadeira não tem explicação possível,
não tem a possibilidade de ser compreendida -
e se parece com o início de uma perdição irrecuperável.
Esse fundir-se total é insuportavelmente bom -
como se a morte fosse o nosso bem maior e final,
só que não é a morte, é a vida incomensurável que
chega a se parecer com a grandeza da morte.
Deve-se deixar inundar pela alegria aos poucos -
pois é a vida nascendo.
E quem não tiver força,
que antes cubra cada nervo com uma película protetora,
com uma película de morte para poder tolerar a vida.
Essa película pode consistir em qualquer ato
formal protetor, em qualquer silêncio ou em
várias palavras sem sentido.
Pois o prazer não é de se brincar com ele.
Ele é nós.
cápsula.
domingo, 6 de julho de 2008
pertodocoraçãoselvagem.
"Grite!", ordenei-me quieta. "Grite", repeti-me inutilmente com um suspiro de profunda quietude. (...) Mas se eu gritasse uma só vez que fosse, talvez nunca mais pudesse parar. Se eu gritasse ninguém poderia fazer mais nada por mim; enquanto, se eu nunca revelar a minha carência, ninguém se assustará comigo e me ajudarão sem saber; mas só enquanto eu não assustar ninguém por ter saído dos regulamentos. Mas se souberem, assustam-se, nós que guardamos o grito em segredo inviolável
quinta-feira, 3 de julho de 2008
terça-feira, 1 de julho de 2008
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