terça-feira, 21 de julho de 2020

c(l)hama

a vida adulta que chama 
libertadora,
autônoma
re so lu ti va

falei assim, devagarzinho, porque as resoluções ocupam 90% do dia do adulto
elas tomam o dia, assim como musicam perfeitamente o fim de uma estrofe,
de um trecho

isso quando nós, adultos, assumimos esse estado com vontade
com vontade, eu repito

a opção oposta seria assumir a vida adulta como uma criança
acordar, não porque precisa, 
mas porque mandam
resolver, não porque as coisas precisam ser encaradas, mas porque alguém inicia o caminho por nós e delineia a metodologia perfeita para finalizarmos...
comer, não porque reconhecemos a importância daquele alimento para o nosso corpo (ou para o espirito, nos dias mais difíceis e nos mais felizes também),
mas porque colocam no nosso prato.

o que a gente descobre
é que a linha que separa uma vida adulta da outra, é a escolha

é quando a gente não se sente mais abandonado quando não ajudam a gente a resolver;
é quando a gente não se dói quando alguém aponta nosso erro sem o cuidado de um professor de alfabetização;
é quando a gente liberta o outro da culpa,
porque chegou a hora nos assumir responsáveis pelos nossos desfechos

sozinhos

~embora bons companheiros estejam conosco nesses caminhos~



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