(adaptação.)
Na primeira noite eles se aproximam, entram, passam breves minutos sentados no jardim, arrancam uma flor e levam-na consigo, em silêncio (tal como um roubo.) - e eu não digo nada-
Na segunda noite sem se preocupar mais com o silêncio, entram, sentam no chão do meu (MEU) jardim, ouço gritos em vez de sussuros, depois arrancam o máximo de flores que seus braços suportam levar, e se retiram à passos largos e duros. (barulhentos, eu diria) - e eu não digo nada -
Até que uma noite, entram, passam o jardim (não precisam mais das minhas flores,das minhas inexistentes flores), entram em minha casa e levam tudo o que conseguem levar em suas mãos (repito: tudo o que conseguem levar da minha casa em suas mãos, mãos.), sobem no telhado (para chegaram um pouco mais perto dela) e levam a minha lua. E quando o final da noite se aproxima e a saída (saída pela porta principal, não precisam fugir) torna-se inevitável,arrancam-me a garganta! E porque eu não disse nada,já não posso dizer mais nada.
não posso dizer mais nada.
2 comentários:
mermão in, você ta se saindo uma bela escritora...
Maiakóvsky é muuuito bom.
esse poema é sem comentários!
lindo!
lan, essa tua coisa linda de escrever inspira e explora os sentimentos TODOS de todo mundo!
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