quinta-feira, 27 de novembro de 2008
emfunçãode.
Como Clarice em um dia, provavelmente parecido com esse meu,pensou/disse/escreveu: 'Quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos!'
Vai ver que é isso. Resolvi prestar muita atenção, por costume mesmo (essa minha mania de ter as coisas pelo menos "meio certas demais"). Mesmo sabendo o quanto a atenção me deixaria atraída demais por algo que, arrisco dizer : não me acrescentou nada.
Era justamente distração que eu mais queria! Era t u d o o que eu mais queria.
É.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
emudecer. (descer do mundo)
Na primeira noite eles se aproximam, entram, passam breves minutos sentados no jardim, arrancam uma flor e levam-na consigo, em silêncio (tal como um roubo.) - e eu não digo nada-
Na segunda noite sem se preocupar mais com o silêncio, entram, sentam no chão do meu (MEU) jardim, ouço gritos em vez de sussuros, depois arrancam o máximo de flores que seus braços suportam levar, e se retiram à passos largos e duros. (barulhentos, eu diria) - e eu não digo nada -
Até que uma noite, entram, passam o jardim (não precisam mais das minhas flores,das minhas inexistentes flores), entram em minha casa e levam tudo o que conseguem levar em suas mãos (repito: tudo o que conseguem levar da minha casa em suas mãos, mãos.), sobem no telhado (para chegaram um pouco mais perto dela) e levam a minha lua. E quando o final da noite se aproxima e a saída (saída pela porta principal, não precisam fugir) torna-se inevitável,arrancam-me a garganta! E porque eu não disse nada,já não posso dizer mais nada.
não posso dizer mais nada.
linguag(...)
como um objeto indireto!
À algo ou à alguém..na verdade é como se (...)
a realidade só tem existência para nós quando é nomeada?
nao sinto necessidade de concluir meu raciocínio, via escrita
uma revolta auto-autocrítica.
nesse momento a realidade existe em qualquer forma..
preferencialmente:naonomeada.
(isso ja responde?responde!)
terça-feira, 4 de novembro de 2008
M(m)achado
o machado, a enxada e a foice
a mulher partiu, inchada!
apanhou, chorou, ou apenas cansou de trabalhar.
Só instrumentos!
Só seres
tenho uma incrível sensação de proximidade da loucura..
deve ser só sensação/impressão.
remotapossibilidade
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
(R)omar(ia)
sou repetitiva mesmo! é até bom, porque assim eu nao esqueço (ou esqueço?)
Tá fácil!
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
sopro
todaminhapalavratemumcoraçãoondecirculasangue.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
reflexos
Sei lá!
Deve haver um porto. (?)
sábado, 9 de agosto de 2008
seilaoque!
Deve ser fisiológico esse conformismo exacerbado, que me rege.
Não irei generalizar, chamando-me de "os seres". É de mim que eu falo, eu sei. (já basta)
Um vontade imensa de mudar tanta coisa, tanta, tanta, tanta! Mas eu só nao entendo porque tenho essa vontade.
Era melhor que não tivesse. Só confirmo o minha capacidade de odiar tudo e ao mesmo tempo me acostumar a tudo isso.
É inacreditável, na verdade.
Com certeza isso tem explicação.
nem que seja em outros planos.
bem mais superiores que isso daqui que nós (desta vez generalizo pesadamente) denominamos de m u n d o.
terça-feira, 5 de agosto de 2008
sal da idade.
pois é.
poi zé.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
total
Até breve.
domingo, 13 de julho de 2008
comoseinteressasse
terça-feira, 8 de julho de 2008
segunda-feira, 7 de julho de 2008
cápsula.
prefere sentir a habituada dor ao insólito prazer.
A alegria verdadeira não tem explicação possível,
não tem a possibilidade de ser compreendida -
e se parece com o início de uma perdição irrecuperável.
Esse fundir-se total é insuportavelmente bom -
como se a morte fosse o nosso bem maior e final,
só que não é a morte, é a vida incomensurável que
chega a se parecer com a grandeza da morte.
Deve-se deixar inundar pela alegria aos poucos -
pois é a vida nascendo.
E quem não tiver força,
que antes cubra cada nervo com uma película protetora,
com uma película de morte para poder tolerar a vida.
Essa película pode consistir em qualquer ato
formal protetor, em qualquer silêncio ou em
várias palavras sem sentido.
Pois o prazer não é de se brincar com ele.
Ele é nós.
cápsula.
domingo, 6 de julho de 2008
pertodocoraçãoselvagem.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
terça-feira, 1 de julho de 2008
segunda-feira, 30 de junho de 2008
misto de pena e de raiva;
sentimento de desgosto pela prosperidade ou alegria de outrem;
desejo de possuir aquilo que os outros possuem;
ciúme;
emulação, cobiça.
inveja realmente deve matar.
não que eu deseje isso!
É difícil para você, devo entendê-la.
Porém, não vejo esta tão falada obrigação que fazes questão de cobrar-me.
Ela, felizmente não existe! Não tenho obrigações relacionadas com a sua pessoa!
Pare de fazer o que só LHE faz mal.
À mim, graças a algo supremo que existe, não afeta.
em alguns momentos conseguistes o que tentas desde as tuas primeiras palavras estudadas, porém
como já foi supracitado, o meu equilíbrio tende a vencer qualquer desequilíbrio dos meus maus dias.(que devem ter um dedo teu, suponho).
A minha justa medida. proporção devida e igualdade de forças ( eu diria claramente: equilíbrio) deve resistir a tua tentação.(apenas sua)
domingo, 29 de junho de 2008
sábado, 21 de junho de 2008
VÁ(cuo)
vontade de fazer um milhão de coisas.
vontade de não fazer absolutamente nada.
adoro essa minha (in)constância, a-d-o-r-o.
palhaçada!
domingo, 1 de junho de 2008
quinta-feira, 29 de maio de 2008
tacitamente.
terça-feira, 6 de maio de 2008
cine-pensamento.
Depois de evoluir alguns conceitos meus, sinto o ambiente mediocrizado e incolor.
Totalmente incolor. Tava tudo tão colorido, tão pseudo-bem. Era preciso descolorir. (nera?). Como se aquelas lágrimas(e suas toxinas) mudassem qualquer coisa. Mas mudam.(me mudam).
Tudo virou pobreza, tristeza e falta de nexo. A atenção que estava afiada neste dia, mudou de foco.
A alienação me atrai. Nessas horas me atrai. (e me repulsiona)
me incomoda esta mania, porém neste dia eu não a tive. (quepena)
foi justo neste dia que eu a queria. só neste.
segunda-feira, 5 de maio de 2008
dependaptação.
É bom. A adaptação tarda, mas chega.
Paulinho Moska diria num dia como hoje algo como: "sem percebermos, os dias irão passando como um trem sem estação". Mas meu trem tem muitas(muitas mesmo)estações. (ou ao menos terá.)
dependaptação.
domingo, 4 de maio de 2008
tish.
Tentarei exprimir isto sem palavrões. O' isto' a que me refiro é o hoje, o ontem e o antesdeantesdeantes de ontem.
Enfim, o de sempre. (eu não disse "quase sempre")
Costumo conservar uma aspa à esqueda e à direita de mim.
(as aspas foram apenas fragmentos(?) gramaticais, ou apenas apresentam um alto percentual de auto-reflexo.)
quinta-feira, 1 de maio de 2008
pêndulos.
como oscilam-me.
juntas, no mesmo momento.
tem hora que a minha sanidade me escapa!
ah! se tudo que eu sei(sou) podesse ser dito.
AH SE PODESSE.
(acho que o big bang é hoje)
segunda-feira, 28 de abril de 2008
pradentro
domingo, 27 de abril de 2008
sábado, 26 de abril de 2008
sexta-feira, 25 de abril de 2008
semsugar.
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
quinta-feira, 24 de abril de 2008
segunda-feira, 17 de março de 2008
+/-
Portanto, hoje eu te quero.
Não aja como se 96 horas fosse pouca coisa, sabemos muito bem que não é.
Sem lados poéticos, nem eruditos.
Por hoje (literalmente) é só.
quinta-feira, 13 de março de 2008
Sen(m)timento.
tal como surgiram; rapidamente, estranhamente, inexplicavelmente
Fica dificil explicar a razão ou os precedentes.
Ou até os "não-precedentes"
Um dia(...) vários dias sem você.
A princípio uma penumbra; temporária, extremamente efêmera.
estranhamente efêmera.
Parece que nunca senti.
O tempo me surpreendeu e afastou-me da tua lembrança(logo a tua lembrança).
O que sobrou: a não lembrança do que eu julgava ser uma grandiosa história!
Desculpa, mas eu tentei nao esquecer daqueles dias, daqueles anos, daquela vida.
fracassei.
sou apta a fracassos.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Sem(n)tido
Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles.
Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração.
Como eles admiravam estarem juntos!
Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.
sábado, 16 de fevereiro de 2008
minguante
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Mas que nada
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender -
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer
Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada
NOTHING.
domingo, 20 de janeiro de 2008
Metafísica
O mistério das coisas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas coisas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.
Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?
Fernando Pessoa
Quero mar.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Lama
Perguntaram ao Dalai Lama:“O que mais te surpreende na humanidade?”
Ele respondeu:
“Os homens. Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer… E morrem como se nunca tivessem vivido.”
Nunca morremos nem vivemos, de fato.
Antes que eu esqueça: de acordo com os meus sonhos, o jacaré me trará sorte.
Absolutismo.
Sonhos loucos rechearam a minha noite.
"Eu te esperei todos os séculos
sem desespero e sem desgosto,
e morri de infinitas mortes
guardando sempre o mesmo rosto
Quando as ondas te carregaram
meu olhos, entre águas e areias,
cegaram como os das estátuas,
a tudo quanto existe alheias.
Minhas mãos pararam sobre o ar
e endureceram junto ao vento,
e perderam a cor que tinham
e a lembrança do movimento.
E o sorriso que eu te levava
desprendeu-se e caiu de mim:
e só talvez ele ainda viva
dentro destas águas sem fim."
Com certeza desprendeu-se e caiu de mim. Com toda certeza. Tenho incerteza absoluta.
Ah,Camões!
Ah! Camões, se vivesses hoje em dia, tomavas uns antipiréticos,uns quantos analgésicos e Prozac para a depressão.Compravas um computador, consultavas a internet e descobririas que essas dores que sentias,esses calores que te abrasavam, essas mudanças de humor repentinas,esses desatinos sem nexo, não eram feridas de amor,mas somente falta de sexo!
Será?
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Transparência, essência, transparessência.
Quero fazer uma coisa. Aliás, quero duas..ou mais..ou muito mais. O saber por onde começar me complica. A que me recorrer não sei. Quem sabe a mim..a minha mente. Talvez não. Colocando o talvez de lado, me escolhi como escola.
Bem, nunca encontro ao certo o que pensar..queria saber de fato, pra que tanta confusao nesta cabeça.
A capacidade de se entregar aquilo que se quer é tudo que eu mais quero no momento..é a coisa que eu mais gostaria de ter..e acho que é porque não a tenho que nao consigo realizar coisa nenhuma.
Está cansando. Ou já cansou. Não quero que tenha cansado..então, nao cansou de fato.
Vou começar de agora..eu quero escrever todo dia alguma coisa util para mim, só para mim.
Alice ali se aliciou ou alice alucinou?
Alice ali se ensinou, à mim. :}
Um trecho do livro Alice no país das maravilhas:
"Este deve ser o bosque", murmurou pensativamente, "onde as coisas não têm nomes". (…) Ia devaneando dessa maneira quando chegou à entrada do bosque, que parecia muito úmido e sombrio. "Bom, de qualquer modo é um alívio", disse enquanto avançava em meio às árvores, "depois de tanto calor, entrar dentro do… dentro de quê?" Estava assombrada de não poder lembrar o nome. "Bom, isto é, estar debaixo das… debaixo das… debaixo disso aqui, ora", disse colocando a mão no tronco da árvore. "Como essa coisa se chama? É bem capaz de não ter nome nenhum… ora, com certeza não tem mesmo!Ficou calada durante um minuto, pensando. Então, de repente, exclamou: - Ah, então isso terminou acontecendo! E agora quem sou eu? Eu quero me lembrar, se puder."